Sobre 1001about

Curioso sobre música e artes em geral.

O nome disso é rap de verdade

Após 10 anos de “silêncio“, os Racionais Mc´s estão prontos para lançar um novo disco (ALELUIA!).

Enquanto o seu lobo não vem, ficamos com esse belíssimo clipe da música “Mil Faces de Um Homem Leal (Marighella)“.

Pra quem não sabe, Carlos Mariguella foi um político, guerrilheiro e poeta brasileiro, um dos principais organizadores da luta armada contra o regime militar a partir de 1964. Como escritor, deixou a célebre frase “(…)E que eu por ti, se torturado for, possa feliz, indiferente à dor,morrer sorrindo a murmurar teu nome.”

Enjoy!

O nome disso é amizade

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Então hoje é mais um dia de dar aquela desculpa esfarrapada pra bebemorar até morrer só porque é dia do amigo, certo?

Relembremos algumas das maiores parcerias que o Brasil já teve na música (na minha humilde opinião).

1. Nando Reis – Cássia Eller

Uma grande intérprete e um grande compositor. Na voz dela conhecemos muito do trabalho do barba ruiva que, na voz dele, era irreconhecível ou mesmo faltava o tal ‘clímax’ que Cássia acentuava em qualquer coisa que cantasse. Mesmo sem compor, ela é com certeza uma das grandes inspirações dos anos 90/2000 pra muita gente e ele, como ex-Titã e com um trabalho mais pop hoje em dia, é alguém que já tem seu nome cravado na história da música popular brasileira. Quem conheceu “O Segundo Sol”, “All Star” e “Meu Mundo Ficaria Completo (com você)” na voz dos dois sabe a diferença.

2. Tom Jobim-Vinicius de Moraes

Nem precisam apresentação. Reunidos em 1956 em ocasião da montagem da peça Orfeu da Conceição que protagonizou Haroldo Costa, trabalharam para compor de todas as maneiras possíveis na época: nas mesas dos bares, fazendo primeiro a música e depois a letra e vice-versa, compondo sobre versos, escrevendo sobre trechinhos de melodias, pelo correio. Assim deixaram para o mundo clássicos como “Chega de saudade”, “A felicidade”, “Eu sei que vou te amar” e tantas outras.

3. Nelson Cavaquinho-Guilherme de Brito

Parceria formada em 1955. Só os versos “Tire o seu sorriso do caminho que eu quero passar com a minha dor” fizeram de Guilherme um dos maiores poetas do samba e popularizaram Nelson, o autor da melodia. Juntos também assinaram “Pranto de Poeta”, “Folhas Secas” e muitas outras.

4. Chico Buarque-Francis Hime

Como o uísque, Chico Buarque é bom sozinho ou com gelo. Das várias parcerias que Chico cultivou ao longo da sua trajetória, escolho a que fez com o compositor, pianista e arranjador Francis Hime. Eles são responsáveis de peças belíssimas como “Meu Caro Amigo”, “Atrás da Porta, “Trocando em miúdos” e o clássico samba-enredo “Vai Passar”, que virou um hino da resistência na época da ditadura.

5. Moraes Moreira-Galvão

Criadores da maioria dos sucessos de Os Novos Baianos, que eles formavam com Pepeu, Baby Consuelo (depois Baby do Brasil) e Paulinho Boca de Cantor. A banda que passou o rock pela peneira do samba, vivia em comunidade e tinha todo o estilo dos roqueiros mas foi o conterráneo João Gilberto seu inesperado mentor. Entre outras, Moraes e Galvão comporam “Acabou Chorare”, “Preta Pretinha” dentre outras.

6. Humberto Teixeira-Luiz Gonzaga

O Gonzagão é uma instituição no Brasil, mas músicas como “Asa Branca”, “Juazeiro” (objeto de sucessivos plágios no exterior), “Assum Preto” e “Que nem Jiló”, entre muitas, vem acompanhadas do grande parceiro Humberto Teixeira, que ainda fez grandes obras sozinho e em outras parcerias. Teixeira e Gonzaga foram a ponta de lança do sucesso do baião e a música nordestina como resposta brasileira ao bolero que vinha de fora.

7. Frejat-Cazuza

Introduzido ao Barão Vermelho por Léo Jaime, além de vocalista, Cazuza virou autor da maioria das letras da banda, muitas em parceria com o guitarrista Frejat.Com a saída de Cazuza do Barão, Frejat confessou que ficou puto com Cazuza, pois quando o memso gravou “Eu Queria Ter uma Bomba”, os créditos foram dados apenas ao Cazuza (música de parceria dos dois). “Todo o amor que houver nessa vida”, “Só as mães são felizes”, “Ideologia” e “Pro dia nascer feliz” são da safra deles.

8. Roberto Carlos-Erasmo Carlos (foto)

Pouco a dizer que não esteja dito. Uma parceria que começou em meados da década de sessenta e deixou mais de um centenar de músicas no imaginário popular. Qual a sua preferida?

9. Noel Rosa-Vadico

Foram ao todo onze músicas em quatro anos, começando por “Feitio de oração”, estreada em 1933, quando Vadico tinha 22 anos. “Conversa de botequim”, “Pra que mentir” e “Feitiço da Vila” são outros produtos dessa sociedade da Epoca de Ouro. A criação de Noel, como é sabido, foi prolífica mas breve no tempo.

10. Arnaldo Antunes – Edgard Scandurra

Gênios contemporâneos. Só consigo pensar nessa palavra ao resumir os dois. Quando você junta o melhor guitarrista brasileiro de todos os tempos (e eleito o melhor do mundo em 1997) com um dos melhores letristas (e, pra mim, merecedor de uma cadeira na Academia Brasileira de Letras daqui uns anos) só pode dar um caldo. E que caldo!

Recentemente lançaram o primeiro álbum de parceria mesmo, “A Curva da Cintura” onde efetivaram a parceria. Não fizeram muitas apresentações e hoje com seu chatinho “Acústico MTV”, o Arnaldo leva o Edgard com apenas seu guitarrista. Sorte né? Destaco dessa parceria “Kaira”, “Consciência” e “Música para Ouvir”.

A numeração não foi proposital, foi apenas por questão de lembrança mesmo. Todos tem seus valores, seus métodos e seus estilos, mas com certeza se completam e cruzam no meio de nossos ouvidos (mesmo sem você saber).

Então, desejo ótimas parcerias e um bom amigo(a) pra dividir a cerveja, o whisky, boas lembranças e tudo o que a vida há de oferecer 😉

O nome disso é Tropicália

A incrível história de um dos maiores movimentos sócio-musicais do Brasil está agora registro no documentário “Tropicália”.Um movimento que aconteceu em uma  época tão fechada para as idéias onde pensar era um crime o Tropicalismo com suas estrelas como:Caetano,Gil,Gal,Arnaldo Baptista,Tom Zé,Rita Lee entre outros abalou com as estruturas sociais do País e influenciou pessoas no mundo inteiro.
Se você quer entender um pouco melhor essa história,esse documentário é a pedida certa.

Rock para ler

Nosso vovô com cara de adolescente e alma de um guerreiro está fazendo aniversário, e nada como uma boa leitura para tentar entender esse cara que nos vicia a tanto tempo.

Segue minha lista pessoal. Enjoy!

 

“Sepultura: Toda a história” , de André Barcinski (1999)

A trajetória do maior grupo de heavy metal brasileiro recebe um registro à altura de sua importância pelas mãos do jornalista André Barcinski. O livro faz um retrato do início em Belo Horizonte(com direito a maquiagem “black metal” e capacete nazista), em 1983, até a turbulenta saída de Max Cavalera, em 1997, e a subseqüente entrada de Derrick Green para banda.

 
“A Divina Comédia dos Mutantes”, de Carlos Calado (1995)

O livro de Carlos Calado é um dos poucos registros fiéis da trajetória d?Os Mutantes. O autor consegue ir além da música feita por Arnaldo Baptista (baixo, teclado, vocais), Rita Lee (vocais) e Sérgio Dias (guitarra, baixo, vocais), abordando situações que oscilam entre o hilário e o trágico.

“The Beatles Anthology” (2000)

Lançado em 2000, o livro contém entrevistas, mais de 1300 fotos e diversos documentos pessoais de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, abordando, com riqueza de detalhes inédita, toda a carreira do rapazes de Liverpool. O projeto Anthology também deu origem a uma série de documentários e a três álbuns duplos.

“Bob Dylan, A Biografia” de Howard Sounes (2002)

O jornalista inglês Howard Sounes narra a história de um dos maiores ícones da música contemporânea. De forma detalhada e com depoimentos de pessoas próximas do cantor, Sounes mostra a evolução musical de Dylan desde sua infância até o sucesso em Nova Iorque.

“Dias de Luta –  O rock e o Brasil nos anos 80” de Ricardo Alexandre (2002)

O jornalista Ricardo Alexandre, ex-editor da revista Bizz, conta em 399 páginas a história do rock brasileiro na década de 80. É possível reviver a época e entender como funcionava a indústria fonográfica, que revelou bandas como RPM (maior fenômeno roqueiro do Brasil), Os Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Titãs.

“Mais Pesado que o Céu” de Charles R. Cross (2002)

A biografia definitiva de Kurt Cobain, líder do Nirvana, que cometeu suicídio em 1994. Charles R. Cross, o autor, realizou mais de 400 entrevistas e teve acesso a documentos, diários e fotos inéditas de Cobain, graças à ajuda da viúva do roqueiro, Courtney Love.

“Mate-Me Por Favor?” de Legs McNeil e Gillian McCain (2004)

Quem conta a história aqui são os principais integrantes do movimento punk por meio de trechos de entrevistas que, intercalados, formam um diálogo entre figuras excêntricas como Lou Reed e Dee Dee Ramone. De suas raízes, com bandas pré-punk como Stooges e Velvet Undeground, à explosão do movimento, com Sex Pistols e Ramones, o movimento é destrinchado através em informações exclusivas e fofocas saborosas. O titulo é tirado de uma camiseta de Richard Hell, ex-baterista da banda Television.

“Reações Psicóticas” de Lester Bangs (2005)

Lester Bangs foi um dos críticos mais polêmicos e influentes da história do jornalismo musical com textos publicados em veículos como ?Rolling Stone?, ?NME? e ?Crêem? (revista da qual foi editor)?. É ele que aparece como mentor do personagen William Miller no filme “Quase famosos”. Em  “Reações Psicóticas”, é possível ter acesso a oito artigos de Bangs sobre artistas como Lou Reed, David Bowie, John Lennon e Kraftwerk. 

“Rockers” de Bob Gruen (2007)

274 fotografias históricas de grandes ícones do rock: do pioneiro Muddy Waters às últimas imagens de John Lennon, de Sid Vicious exibindo cicatrizes à Debbie Harry, do Blondie, posando como em um editorial de moda. A exposição de Gruen, fotógrafo de todos esses astros, passou pelo Brasil em 2007

“1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer” (2007)

Em um só volume, de 960 páginas, é possível ler uma compilação de textos de cerca de 90 jornalistas e críticos musicais de renome internacional, destacando o que de melhor foi feito na música desde a década de 50. Do jazz ao pop, do blues ao hip hop, passando até pela música brasileira. Item obrigatório para  qualquer aficionado por música.